quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

post facebook selvagem - gourmandise française




dos territórios selvagens que descobrimos em terras civilizadas:
NUTELLA 1 K G 4 E U R O S
óh dioniso de terras francesas, me faz muito contente
é com erotismo que responderemos a cultura do medo e do terror
viño in veritas nutella
bolsa nutella pra todo mundo

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

A culpa é de Voltaire

A Culpa é de Voltaire (2000 - França) - Direção: Abdellatif Kechiche



online:
http://portacine.blogspot.fr/2014/07/a-culpa-e-de-voltaire-2000-franca.html




sobre o blog



demoro ainda em pensar este blog como objeto concreto de tantas experiências. demoro ainda, mas de antemão saiba, há rito, há rito mágico neste sítio - agora, mais do que nunca descobrindo a língua portuguesa, em território civilizado estranho a minha língua cheia de palavrões e usando termos de Portugal, outro sítio que ainda irei descobrir - há rito mágico para que a vida aconteça, que o milagro de escrever apareça como um caminho (chemin ontopoetique) essencial para preencher este tempo estranho e real.


o rito mágico é que toda vez que eu postar neste blog será de uma maneira que toma o sagrado mistério da vida - e o profana em línguagem intraduzível, pois o que sinto é intransponível


mas por razões políticas (não só uma racionalidade, veja bem) eu escrevo este blog, para que os arabes façam suas reformas civis (urbes, campo, tradição e religião), que o Irã volte a ser o de Persepólis, que as mulheres possam ter mais liberdade e parem de institucionalizar o medo de perder a mulher, ame-as, eu sei que as ama, mas é deprimente ver uma mulher triste forçada a conviver contigo, homem arabe. não perderás teu sentido se conhecer a liberdade ocidental (técnica, meritocrática, escrota, mas livre em seu entendimento intelectual, as pessoas não a praticam, são hipócritas porque vivem em máscaras, em identidades falsas para serem aceitas).


que por outro lado os ocidentais parem de crer que a Ciência é a única deusa respeitável, que é a única que funciona, por mais concreta e objetiva possível, ela não explica muita coisa, ela só resolve questões de ordem prática, mas e os milagros? e os fatos que não sabemos? aceitem o não saber, aceitem a moral do outro e parem de ser hipócritas - ô epidemia sem cura no mundo ocidental.


aceitação, todos nós queremos. todos nós encontramos como caminho esta busca para preencher os sentidos que conduzem, concebem (concevoir também pode ser engravidar), que dão vida.


e, por isso, toda postagem terá um rito, o de hoje. clássico grego chinês (uma taça de vinho da noite anterior dormido em Dionise-se e um baseado bretão - chinês pq a maconha mais antiga tá na china, hehe)


e, por isso, também será político para criação de novos territórios selvagens onde somos mágicos, intuitivos, pessoais, íntimos, por vezes éticos em aceitar como resposta uma erótica à violência bestial de l’autre -  ao perverso prazer da crueldade, da humilhação, da violação da liberdade do outro, cultura do terror e da humilhação, hierarquia como identidade cultural onde todos são só, não é elite parisiense? pq um otário


(paradoxo da liberdade me permite xingar com quem eu não concordo como vive, apesar de o aceitar com a mesma indiferença racista e egoísta, non debonniste)


faz um estrago emocional em muita gente todo dia durante muito tempo, ele morre deixando seus rastros de ódio e recalque (o racismo aqui aparece até nos próprios europeus, como os portugueses e um cinismo com os alemães hypsters), mas como minha desconfiança é que este povo aqui em seu geral adora (ama) o exótico-selvagem, coleciona máscaras africanas e lê os tratados do budismo, ou seja, Paris é uma cidade do mundo, que quer verdadeiramente ser universal  (manger le monde) e querida, Paris é uma mulher direta, que gosta de comer, sua gourmandise é de reis e naturebas japoneses, ela dá em cima, mas espera uma bajulação, é esquiza, você pode enxergar uma Rio de Janeiro com ciúmes - não fique, também te amo -  tirando os otários que são poucos mas fazem grandes estragos - toda cidade transparece seu mundo. o que ocorre é que aqui  mesmo no frio da porra, mesmo com gente otária e fresca (pseudo civilizado, porque é bestial quando se trata de rir, fazer chacota no cotidiano do outro, por mais estranho q te pareça a hierarquia não é argumento para uma moral da humilhação, ou ser falso consigo mesmo) mesmo assim essa cidade me preenche de calor de belo (como se) a história tivesse um gosto, um gosto gostoso, eu como Paris, com direito a Fernando Pessoa e um certo ar de estarmos fudidos sem grana bebendo vinhos de três euros, caindo na sarjeta em saint martin ou como aquela margem se chamava conversando com amigos portugueses e brasileiros, uma pequena tribo rindo e bravando. Paris me recebeu rapaz, e sua linda que me come também, eu dei por alguns dias consecutivos meu corpo a Paris, exausta a espera de Pierre-Emmanuel - minha, sim, ontologia amorosa, que me dá quietude e silêncio neste caos organizado para saber que meu único medo atual não é nem morrer, é que ele se apaixone por outra, medo de mulher das mais animais amazonas, que se entrega a morte por ele, que se entrega ao julgamento das amigas em se assumir completamente entregue a este macho civilizado, do cinema, ai que tesão que ele me dá, ai que gozo sinto na buceta só de pensar neste real tranquilo e nada parecido com um territorio selvagem, o amor não será selvagem aqui, o sexo sim. e esta é minha loucura de agora, desse instante de perceber sentir comer a diferença entre o real técnico cotidiano alegre e festivo do mundo mito fantasia real-visceral que pode ter desespero e quedar no caos, porque juntos somos um corpo político enajado em vossos trabalhos, ofícios de completude da vida, o que torna ele o amor escolhido é justamente seu engajamento na vida, por isso o amo - ai, penso em Paris como uma cidade romântica, eu boba, boba, com o “novo mundo”, índia a descobrir e investigar em espionato filosófico esta cidade a comer em primeiros dias, ele já como eu do rio de janeiro, já saturado, somos piratas que saímos de nossas ilhas para des abafar (deixar de abafar, esconder) sobre os problemas ético, políticos, etc (ad infinitum).


ser sincero - e por isso que admito o caos, território selvagem, como necessário para podermos experimentar a mentira, a animalidade que não pensa, que intui, que escolhe ao acaso, que não teme o erro, que é o erro, a falsidade, a traição, o medo, a morte, em ficção e em arrogância (aí sim podemos criar no caos um espaço de hierarquia soberba, nós os poetas! a profissão do mundo!) - ser sincero na parte técnica da vida é fato q é necessário - aceitar sinceramente a diferença do outro, a estranheza que te causa, dos hábitos, da língua, do costume, da história, da peculiaridade na identidade de l’autre

Taí Vênus – Bretanha 2014





Sauvage ginastique – depois de fumar um verde original – na praia de bobeira comecei a fazer gestos, que simulam em alguns traços saudáveis a chinesa, mas de uma maneira bem humorada, sensualizando, rindo, cantando vênus, ou que se considera belo (esse nome todo mundo compreende, mas ninguém quer apontar: aquilo é belo/bom/ético/exemplo parce que cest la sensation de superiorité qui fait le hierarchie des moyens comme si être parfait et beau et bello (fosse) fausse seulement une exclusivité... La bonne vie est par tous toutes tutti todos all fuck people). Taí Vênus é um novo trabalho, mas é também um chamamento ao corpo, ao prazer da atividade física com liberdade, outras consciências, conexão com a senhora existência. Este texto é um texto poema porque quer falar do difícil: como ser bem humorado e aceitar as piadas fascistas, como fazer uma fraternidade entre culturas tão apartadas de mundo-clima, territórios... identidades...
De preferencia faça na natureza. Surgiu na praia de le Digue em Kerlouarn (Bretanha/Fr).
A primeira é a abertura.
[dois braços indo pro céu respirando fundo e pausadamente, com calma,  no seu tempo .]
Empurrar o mundo
[os dois braços esticando para todos os lados – lentamente -  de um lado para outro. Primeiro pra seu centro, depois pra esquerda, pra direita (sem fascismo hehe), podendo fazer piadas em seu ínterim (sem fascismo), podendo empurrar o que tu quer empurrar de nóia. Depois que empurrou pra  todos os lados, você empurra pro chão e fica lá um cadinho de tempo, a se conectar com a terra, respirar fundo três vezes, sente teu corpo, o respirar, caminha em memória e cuidado e carinho pelo teu corpo. Sobe devagar com os braços cruzados até chegar ao céu e olha.]
Se agachar.
[estes exercícios de agachamento são bons pra os joelhos, fortalecimento dos músculos e aumento da força física. Se agachar é bom para a mulher porque fortalece o útero, hoje quase não tenho mais cólicas na menstruação. É simple, a mão direita no joelho esquerdo (fraternidade política <3) e agacha, depois o inverso e agacha. Tem outras posições como olhar pra trás agachando de um  lado, ou empurrar o céu agachado – olhando para o céu e concentrado na respiração, no tempo, na sua conexão (é um exercício, demanda tempo e repetição para ter “onda”, o Qi só se sente depois de um tempo praticando)]
Se amar
[sensualizando vc abaixa o tronco (tipo de quatro, só que em pé, 90 graus) com os braços esticados (de preferencia empurrando devagar ao mesmo tempo, isso fortalece os braços), ditando as coisas lindas – vênus sua linda, rindo de si mesma e rindo com a respiração e o tempo coordenado, isso se chama treinar com alegria. Outras posições eróticas podem surgir, como girar a cintura dando um tchau sensual, dar beijinhos nas mãos (massageá-las, acarinhá-las), nos pés e no corpo, girar a cintura fortalece a pélvis e os rins, de preferencias com leves palmadinhas nas costas e no peito (é bom pra asma bater um pouco no peito]
Agradecimentos
[Ao final, quando se está completamente relaxado agradeça completamente curtindo um pouco o Qi que você fez circular por seu corpo. Esse processo só existe enquanto resultado final ser um completo relaxamento – mesmo no início só de respirar mais lentamente você já libera seu corpo de tensões várias deixe sua cabeça pensar que ela tá fazendo um bem a ela mesma, a deixe relaxar. Agradeça]
É evidente que quem é da urbes poluída e completamente neurótica-paranóica vai rir, mas isso é da escolha.  Este textinho é um registro do taí vênus q me diverte enquanto prática orgânica e espontânea do tai chi chuan, seus lindos chineses.
Recherche Amorale – frança 2014
Os territorios selvagens
Primeiro explicar cada nome:
Territórios: lugares de compreensão, momentos de entendimento.
Vou escrever como assim faço no opão, mas desta vez este é um projeto de ócio engajado. Je vas ecrire comme je dejá fait dans le blog opão, mais cette fois cest un projet de « ocio engajado » engajement de le temps libre (comme temps – plaisir – liberté).
Je suis en France – mon texte sera real-visceraliste – Kerlouan Brest Bretanha.
A outra questão: quando se trata de ócio engajado é a pre-ocupação pelo outro pela política, pela organização que se olha em horizonte, sem hierarquia pelo funcionamento mais justo da sociedade.
L’autre question c’est: quand si parle de  « ócio engajado » c’est veut dire sur la pre-occupation pour l’autre pour la politique pour l’organisation qui se regarde dans l’horizon, sans l’hierarchie pour un funtionalisme (tecnique organique especifique meiulleur contemporain) plus juste de la societé (e diga-se de passagem mais miscigenada na França).
Território também se localizando em homenagem a Suely Rolnik – sua gostosa – que nos orienta nesta vida acadêmica que nos panoramiza (de panorama, cartografia), as pessoas são uns lindos problemas, já dizia Sergio Sampaio. Venha, não tenha medo, a barra pode aliviar.  Quais são os nossos territórios selvagens? Me diga, em seu sotaque local (sua língua materna, me diga que eu traduzo, o trampo é esse), aonde tu se sente de boa? Aonde é teu lugar do espontâneo, da alegria, da tranquilidade, do civil e do animal, animal politikon?
Territoire aussi se localize dans une hommage a Suely Rolnik – “sua gostosa” – qui nous direcione dans cette vie academique que nous “panoramiza” (panorame, cartographie), les gens sont unes belles problemes, dejá dirait Sérgio Sampaio. Vient, n’avait pas de peur, ça marche. Quelles sont notres territoires sauvages ? Dit-moi, dans ton propre maniere de dire (son langue maternelle, dit-moi que je traduit, le travaille cest ça, faire des conexions avec les differences – immigration française, decouverte europeen train arabe,  je suis índia noire). Cest necessaire parle de ça, la politique d’organiser la vie, organiser ton animalité, ton lieu de espontaneité. Quelle lieu tu se sens de bonne ? (Mouvement debonniste)
Quelle lieu d’espontaneité, de joissance, de tranquille, de le civile et de l’animal, animal politikon.
Sauvage – selvagem
Provocação – provocation
Da luta anticapitalista que não compra a briga, das lutas pela conservação de tradições ancestrais (sem machucar o outro com os já conhecidos métodos de violência e controle colonizador, tradições que conservam a potencia spinozista), que nos explicam enquanto sentido (ontopoesia) da vida, dos empoderamentos, que tanto conhecemos nesta história de isolamento e indiferença para uma competição acirrada de quem é mais aceito, de quem é mais amado.
Entenda: a sua vida não é só ser aceita, o tempo pode ser dedicado de outra maneira, aliás o único deus ciência que podemos levar a sério. O tempo.
E sobre o tempo vamos falar de política. E sobre política vamos falar de técnica. E sobre técnica vamos falar de humano, cotidiano, comportamento, afeto, animal, mistério, tempo.
De la lutte anticapitaliste qui n’achete pas le combattre, des luttes pour la conservation des traditions anciennes (qui ne fait pas de male a l’autre, bien sur, tradition spinoziste), que nous parlent comme sens (ontopoesie) de vie, des « empoderamentos », que tant connait dans cette histoire de isolement et indifference par une competition energique de qui est plus accepte, de qui est plus aimé .
Understand : son vie n’est plus seulement être accepte, le temp peut etre dedique d’autre maniere, voilá l’unique dieu science que on peut considerer serieusement. Le temps.
Et sur le temps on va parler de politique. Et sur politique on va parler de tecnique. Et sur tecnique on va parler d’humain, quotidienne, comportament, afect, animale, mystère, temps.
Passaporte Internacional.
Política para que a hierarquia pare de humilhar o outro que é diferente. Que possamos ser felizes  do jeito que somos. Que a polícia nos respeite. Nós, os admiradores do passaporte internacional, que não queremos pertencer a uma só identidade,  a um só território, nós que somos selvagens.
Homenagem a  Roberto Bolaño, nosso querido pastor.
Passaport Internacionale
Politique par que l’hierarchie arrete de “humilhar” l’autre qui est diferente. Que on peut etre heureux de notre maniere. Que la policie nous respect. Nous, les admirateurs de le passaporte internacional, que ne veut pas (pertencer) a une seule identité, a une seule territoire, nous, que sommes sauvages.
Ainda não entendo e ainda não quero entender – por mais que a técnica persista em me coordenar na vida – quero manter esse desejo em mim de circo. De circo selvagem. De circo que nos leva a fantasia da intuição  de emoção patética (pathos), da música e do efeito das artes.
Qual é o seu território selvagem?
Angers, concerto de musica clássica dentro de uma exposição de luteria:
Franco-americana – estrangeira e selvagem tanto quanto eu.
Passeamos pelo rio que mantem seu tempo impressionista – time travel – fumamos e dedicamos ao cogumelo nossas oferendas xamãs. Seu concerto tocou de uma maneira o silencio do mar que me levou até aquele momento de música, antiga, très europeia, eu consegui esquecer tudo, aqui eu consigo relaxar completamente, é fato que é foda morar no brasil, a gente é meio dejá selvagem, saímos pra rua como quem vai enfrentar um camburão. Por isso a rua é mais justa, de uma maneira mais louca, democrática e feroz. Afetiva. Calorosa. Saudosa. Maloca. Malandro. Personas que criadas para criar o circo da vida. Em ambas as culturas somos personas criadas para viver em conjunto. Há de respeitar o outro não com indiferença, mas com um admiração (eros) não recalcado de liberdade, bicho, isso é criado a longo prazo, é sendo (l’étant animale) intuitivamente tu vai conhecer as paradas mais maneiras de todas as culturas.
A funcionalidade europeia no brasil e o calor espontâneo íntimo brasileiro na europa.
Eita que é um babado. Juntar nossas culturas para resolver tretas milenares, palestina – israel, samba na cara dos fascistas meu povo!
Autre chose: être femme. La lutte anticapitaliste est aussi se permit animale comme femme, que recherche le sexe une fois par mois comme une animale vraiment, si tu m’entends.

Fait le bien tête. (sans peur) l’amour est dans la nature des choses, si tu aime a si meme, tu aime tes amies, tu confie, et apres les autres amours appairait (par exemple les étoiles).